Os socialistas não se têm cansado de comparar o caso da suspensão de Manuela Moura Guedes o do prof. Marcelo ocorrido quando Santana Lopes era 1º ministro. Há no entanto algumas diferenças importantes, por exemplo as reacções contrárias que houve no PSD, de Cavaco Silva a Pacheco Pereira. E agora? Ou estão calados como ratos ou acorreram em defesa do "chefe" utilizando os argumentos mais ridículos, julgando que os portugueses são todos burros! Onde é que pára Manuel Alegre?
Outra "originalidade" do caso é o facto de da decisão de suspensão ter sido tomada em Madrid, à revelia das nossas leis, por um grupo empresarial, cujas as ligações à maçonaria, socialismo são conhecidas, assim como o "hábito" de interferir nos conteúdos dos orgãos de informação que detém.
Concluindo, os socialistas não têm vergonha nenhuma e a sua continuação no poder só pode levar o País ao desastre!
Simples: SIC, jornais e rádios que não sejam favoráveis ao Grande Lider têm os dias contados !!!
ResponderEliminarVejam o que aconteceu na Venezuela, onde o seu "grande amigo e inspirador" (sic) Hugo Chavez fechou 70 rádios e jornais regionais, depois de ter fechado 2 estações de TV.
Temos que voltar a fazer um 25 de Abril que passará a chamar-se 27 de Setembro
Não fiquem em casa!!!! A abstenção só os ajuda a permanecerem no cargo!!!
Votem noutro Partido qualquer, mas votem !!!!!!
Eduardo Cintra Torres - O PS de Sócrates é contra a liberdade
ResponderEliminarCaso TVI
O PS de Sócrates é contra a liberdade
04.09.2009 - 15h15 Eduardo Cintra Torres
A decisão de censurar o Jornal Nacional de 6ª (JN6ª) foi tudo menos estúpida. O núcleo político do PS-governo mediu friamente as vantagens e os custos de tomar esta medida protofascista. E terá concluído que era pior para o PS-governo a manutenção do JN6ª do que o ónus de o ter mandado censurar. Trata-se de mais um gravíssimo atentado do PS de Sócrates contra a liberdade de informar e opinar. Talvez o mais grave. O PS já ultrapassou de longe a acção de Santana Lopes, Luís Delgado e Gomes da Silva quando afastaram a direcção do DN e Marcelo da TVI.
A linguagem de Santos Silva e do próprio Sócrates na quinta-feira sobre o assunto não engana: pelo meio da lágrimas de crocodilo, nem um nem outro fizeram qualquer menção à liberdade de imprensa. Falaram apenas dos interesses do PS e do governo. Sócrates, por uma vez, até disse uma verdade: o PS não intervinha no JN6ª. Pois não, foi por isso que varreu o noticiário do espaço público.
O PS-Governo de Sócrates não consegue coexistir com a liberdade dos outros. Criou uma central de propaganda brutal que coage os jornalistas. Intervém nas empresas de comunicação social. Legisla contra a liberdade. Fez da ERC um braço armado contra a liberdade (a condenação oficial do JN6ª pela ERC em Maio serviu de respaldo ao que aconteceu agora). Manda calar os críticos. Segundo notícias publicadas, pressiona e chantageia empresários, procura o controle político da justiça e é envolvido em escutas telefónicas. Cria blogues de assessores com acesso a arquivos suspeitos que existem apenas para destruir os críticos e os adversários políticos. Pressiona órgãos de informação. Coloca directa ou indirectamente “opiniões” e “notícias” nos órgãos de informação. Etc.
O relato da suspensão do JN6ª, no Jornal de Notícias e no Diário de Notícias e outros jornais de ontem é impressionante, sinistro e muito perigoso. Provir de supostos “socialistas”, portugueses e espanhóis, em nada diminui a gravidade desta censura. Esta suposta “esquerda” dos interesses, negócios e não resolvidos casos de justiça é brutal.
Intervindo na TVI, o PS-Governo atingiu objectivos fundamentais. Como disse Mário Crespo (SICN, 03.09), o essencial resume-se a isto: J.E. Moniz e M. Moura Guedes foram eliminados —e com eles as direcções de Informação e Redacção e um comentador independente como V. Pulido Valente.
Este PS-Governo é muito perigoso para a liberdade. Até o seu fundador está preso nesta teia, por razões que têm sido referidas. Ao reduzir a censura anticonstitucional, ilegal e protofascista do JN6ª a um caso de gestão, Soares desceu ao seu mais baixo nível político. É vergonhoso que seja ele, o da luta pela liberdade, a dizer uma coisa destas. Será que em 1975 o República também foi calado só por “razões de empresa”?
O PS-governo segue o mesmo caminho de Chàvez, ao perseguir paulatinamente, um a um, os seus críticos: e segue o mesmo caminho de Putin, ao construir uma democracia meramente formal, em que se pode dizer que a decisão foi da Prisa não dele, em que se pode dizer que os empresários são livres, que os juízes são livres, que os funcionários públicos são livres, que os professores são livres, que os jornalistas são livres, que a ERC é livre, etc — mas o contrário está mais próximo da verdade. Para todos os efeitos, Portugal é uma democracia formal, mas estas medidas protofascistas vão fazendo o seu caminho. Não dizia Salazar que Portugal era mais livre que a livre Inglaterra? Sócrates e Santos Silva dizem o mesmo